Ministra do Meio Ambiente desafia academia

Ministra do Meio Ambiente desafia academia

A geração do conhecimento científico precisa ser estruturante

A geração do conhecimento científico precisa ser estruturante, formuladora de novas propostas, moldando-se aos grandes temas da atualidade. E a universidade exerce papel fundamental neste contexto, tomando por base a agenda geopolítica internacional. Com esse desafio à academia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, iniciou sua palestra no seminário comemorativo aos 50 anos de fundação do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de Brasília (UnB), na tarde desta quinta-feira (16).

Na abertura da segunda parte do workshop, o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Roberto Cavalcanti, professor licenciado do ICB, lembrou que o governo tem levado em consideração, para o planejamento e a tomada de muitas decisões importantes, os princípios e as informações científicas da Universidade. “Nos sentimos prestigiados e, nesse sentido, os assuntos do ministério são representativos, pois mostram o valor que o governo tem dado à UnB”, reiterou o Secretário da SBF.

Ação política – Durante sua palestra, Izabella Teixeira lembrou que o Instituto de Biologia tem participação expressa na vida política do Brasil e deveria ter importância maior na agenda de conservação da biodiversidade. Diante de uma plateia de professores e estudantes, a ministra reconheceu que a ciência precisa ter maior visibilidade na tomada de decisão e na visão estratégica do desenvolvimento do país.

Um dos grandes desafios da universidade, segundo Izabella, é criar novos caminhos, por meio do diálogo, para a formulação de parcerias com o governo e avançar rumo às mudanças necessárias. “A ciência é um dos poucos atores com essa capacidade”, destacou a ministra, pois tem competência acadêmica para apresentar propostas de médio e longo prazos.

O professor Isaac Roitman, decano de Pesquisa e Pós-Graduação do ICB ao agradecer a presença da Ministra nas comemorações do jubileu da instituição, reconheceu que as provocações deixadas por Izabella Teixeira são estimulantes: “Com suas colocações, a ministra provoca a academia, a ciência”. Roitmam lembrou que as questões relacionadas à conservação do meio ambiente e da biodiversidade não podem ter por base apenas o presente, mas precisam ser encaradas no longo prazo.

(Fonte: Luciene de Assis/ MMA)