Queimadas irregulares são flagradas em canaviais de Alagoas

Queimadas irregulares são flagradas em canaviais de Alagoas

O fogo consome o canavial próximo a uma casa, em Limoeiro de Anadia, agreste de Alagoas

O fogo consome o canavial próximo a uma casa, em Limoeiro de Anadia, agreste de Alagoas. “Incomoda demais. Nós ficamos muito sufocados demais”, disse Benedito Avelino Alves, trabalhador rural.
Em Atalaia, na zona da mata, o JN flagrou o momento em que um homem incendeia o canavial. A estrada fica coberta de fumaça, o que aumenta os riscos de acidentes. No local, também há outro risco: a proximidade com a rede de energia.

As queimadas na agricultura são feitas para facilitar o corte da cana, que segue para a moagem nas usinas. A queima controlada é permitida, desde que siga parâmetros estabelecidos por um decreto da Presidência da República, de 1998.

Pelo documento, é proibido fazer queimadas próximo a florestas e vegetação, linhas de transmissão de energia, estações de telecomunicações e rodovias.

A obrigação de fiscalizar o cumprimento da legislação e conceder licenças para a queima controlada passou do Ibama para órgãos estaduais no fim do ano passado. No estado, o responsável é o Instituto do Meio Ambiente (IMA).

Em Alagoas não há uma lei estadual que estabeleça em que condições as queimadas podem ser feitas, mas de acordo com o IMA, uma instrução técnica está em fase de finalização. Enquanto isso, o órgão já recebeu mais de cem pedidos, mas não concedeu nenhuma autorização. Ainda assim, as queimadas continuam a ser feitas nos canaviais do estado.

O IMA informou que ainda não houve tempo hábil para assumir a fiscalização que antes era do Ibama.

“Assumimos a questão da queima controlada em setembro deste ano e estamos conseguindo nos organizar internamente pra poder dar a resposta necessária a esses casos”, afirmou Augusto Duarte, engenheiro florestal do IMA. (Fonte: G1)