Samarco deve apresentar ações para conter rejeitos até dia 17
Em abril, Ibama constatou que o ritmo de trabalho na região está muito aquém do necessário para que o quadro seja revertido
A mineradora Samarco, responsável pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), deverá apresentar, até a próxima sexta-feira (17), um cronograma de ações mais efetivas para reverter os impactos socioambientais provocados pelo desastre. Além de evitar vazamentos e prevenir novas tragédias.\r\n\r\nO Comitê Interfederativo (CIF), formado por representantes da União, dos Estados de Minas, do Espírito Santo e dos municípios afetados, determinou, na última terça-feira (7), o prazo de dez dias para que a mineradora, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, apresente uma série de medidas para a contenção dos rejeitos remanescentes até o início do período chuvoso, previsto para meados de outubro, entre outras ações.\r\n\r\nEm vistorias realizadas em abril, o Ibama havia constatado que o ritmo de trabalho na região está muito aquém do necessário para que o quadro seja revertido no prazo previsto.\r\n\r\nA situação é preocupante na Usina Hidrelétrica Risoleta Neves/Candonga, que fica a 110 km de Fundão, cujo reservatório reteve grande parte dos rejeitos da Samarco. Cerca de 10 milhões de metros cúbicos permanecem depositados no local, pressionando a estrutura da barragem. A Samarco foi notificada para retirar o material com urgência e garantir a segurança da barragem.\r\n\r\nA dragagem inicial, técnica de engenharia para remoção de materiais, em Candonga deveria ter começado em 28 de março, o que não ocorreu. A Samarco também deverá apresentar até (17) estudos para o período de chuvas, plano de gestão das águas, projeto de controle da erosão e alternativas para a implantação de um dique cuja obra foi paralisada por exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entre outras ações.\r\n\r\nA última reunião do CIF teve a presença do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que destacou a importância da participação de representantes dos atingidos e de povos indígenas afetados pelo desastre nas discussões e deliberações do comitê.\r\n\r\nFiscalização\r\n\r\nO Comitê Interfederativo (CIF) foi criado em março para monitorar e fiscalizar as ações de reparação dos danos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, que resultou na morte de 19 pessoas em novembro do ano passado, deixando vilarejos soterrados e um rastro de destruição até o litoral do Espírito Santo, a 660 km de distância. \r\n\r\nFonte: Portal Brasil, com informações do Ibama.