Todos os sistemas que abastecem SP registram alta no domingo

Todos os sistemas que abastecem SP registram alta no domingo

Todos os reservatórios que abastecem São Paulo registraram alta neste domingo (13). O volume de água registrado no Sistema Cantareira subiu pelo quinto dia seguido e passou de 16% para 16,3%. O manancial, no entanto, ainda opera no volume morto.

Todos os reservatórios que abastecem São Paulo registraram alta neste domingo (13). O volume de água registrado no Sistema Cantareira subiu pelo quinto dia seguido e passou de 16% para 16,3%. O manancial, no entanto, ainda opera no volume morto. É o primeiro mês desde março que o sistema Cantareira supera a previsão de chuvas. Com mais uma precipitação significativa, o acumulado do mês chegou a 108,9 milímetros. Só neste domingo, choveu 1,1 mm na região das represas, segundo boletim da Sabesp. O índice de 16,3% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira. O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Neste domingo, ele era de 12,6%. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil, e era de -13% na manhã de domingo. Neste domingo, o Sistema Alto Tietê subiu de 15,3% para 15,7%, com 133 mm acumulados de chuva em setembro. Guarapiranga foi de 76,4% neste sábado para 77,6% e registrou 146,6 mm de precipitação desde o ínicio de setembro . Alto Cotia passou de 59,5% para 60,1% Rio Grande subiu de 87,3% para 88,2% e Rio Claro teve elevação de 59,6% para 60,6%. Agosto – Os novos números do Sistema Cantareira contrastam com o mau desempenho em agosto, mês em que teve apenas 30,7 mm de chuvas, o equivalente a 89,2% da média histórica do mês (34,4 mm). Agosto foi o quinto mês seguido em que o sistema, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, fechou “no vermelho”. Falta de planejamento – O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de água em São Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista. O órgão relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível prever a estiagem de 2014. As informações fazem parte do parecer do TCE sobre as contas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar. Medidas preventivas – Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse “ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados”. Entre as propostas está a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da represa Billings e o combate mais efetivo de perdas de água na distribuição. A Secretaria de Recursos Hídricos informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas para a prática de reúso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura. Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014. (Fonte: G1)